quinta-feira, 8 de abril de 2010
"Vamos nós !"
É o momento de retomar o trabalho. Sempre é tempo de começar de novo. O tempo não para...
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Muito bom
2010. Finalmente adentramos o último ano da primeira década do século XXI. Vai ser muito bom!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
"(...) O mercado mundial pode muito bem funcionar com 850 milhões de consumidores, como indica o consultor de empresas multinacionais Kemiche Omahe." [v. Porto-Gonçalves, C.W. IN: SANTOS, Milton et al. Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. - Rio de Janeiro: Lamparina, 2007. 3.ed. (p.387).
E o resto... faz o quê?
Capitalismo, inclusão e exclusão
Outro dia, em uma conversa informal, alguém disse que "o capitalismo havia incluído muita gente que, sem ele, ainda estariam na miséria ou na escravidão" e que não seria correto colocar a culpa de tudo - na verdade ele falou em algo como "competência para a auto-inclusão" - no capitalismo. Fui forçado a concordar com meu amigo. E descordar também. Sua análise estava certa, porém apenas parcialmente certa. Faltou-lhe a dialética, a analise das contradições que envolvem o capitalismo. Certamente que o capitalismo inseriu muita gente - e enriqueceu outros tantos, não muitos, bem se sabe - e que, de fato, melhorou o estado geral de boa parte da população. Contudo esta melhoria do estado geral deu-se muito mais em algumas regiões - as que industrializaram-se primeiro, a Europa, os EUA... - do que em outras. Mas, principalmente, se o capitalismo incluiu por um lado - que talvez nem sejam tantos -, por outro ele também causou e causa o empobrecimento de um número crescente de pessoas. O desemprego estrutural - o desemprego permanente - cresce constantemente, excluíndo pessoas que apesar de competentes, são quantitativamente desnecessárias ao capitalismo. O capitalismo vive da desigualdade. A começar pelo consumo. Os EUA consomem 25% dos recursos energéticos mundiais e apenas 20% da população mundial (EUA+Canadá+Europa Ocidental+Japão) consomem 80% (oitenta!) dos recursos naturais do planeta. O capitalismo, de fato incluiu-os todos. Mas a qual custo? É essa a crítica que fazemos ao capitalismo: trata-se de um sistema em que somente os cínicos podem afirmar tratar-se de um sistema includente. De que adianta incluir se milhões são excluídos sem a menor chance de reinclusão. Esse, tristemente, é o capitalismo que temos diante de nós. E o capitalismo que não queremos.
sábado, 25 de julho de 2009
Novamente a ética e a técnica
Em que lugar colocamos a ética? Embaixo do tapete? Toda técnica, hoje, deriva, de algum modo, da ciência. As tecnologias são desdobramentos de produções científicas. Muitas vezes de uma produção paga por atores capitalistas que desejam uma nova técnica que maximize seus lucros ou que reduza a concorrência. Então vamos novamente para o nosso mantra: a ética deve intermediar o caminho do que é possível cientificamente para o que é possível tecnicamente. Ou seja: antes de um conhecimento tornar-se uma técnica, deve passar pelo crivo da ética. É como já disse (que disseram) aqui: "Se a ciência trata do que é [possível fazer], a ética tem por objeto o que deve ser [feito]" (ver: Ética econõmica e social. Arnsperger & Van Parijs. - SP: Loyola, 2003). Vamos colocar cada coisa no seu lugar.
"A geografia não é uma ciência exata"
Li ou ouvi, só não sei mais dizer onde ou quando, que "a Geografia não é uma ciência exata". Claro que a geografia é uma ciência humana. Humana e física ao mesmo tempo. O humano e o físico são uma coisa só (sem nenhum determinismo). Não preciso repetir que história e espaço caminham juntos, porque muitos já o disseram. Mas a frase é de uma simplicidade fantástica e que vale ser lembrada, principalmente para aqueles que, como eu, teimam em colocar o humano na frente do físico.
A água que nos une é mesma que nos separa
Leio, por acaso, em Bachelard [A água e os sonhos. SP: Martins Fontes, 2002.] que "(...) a água ... ela une e desune...". Curioso, pois Milton Santos diz algo muito parecido, "o espaço que nos une é o mesmo que nos separa". Santos não escreveu exatamente assim, mas foi o que ele quiz fazer entender. O espaço une e desune. No caso da construção de barragens no Brasil, de fato, a água (dos rios) que unia as comunidades, acabou por ser o mesmo elemento que levou à sua separação (desterritorialização).
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